segunda-feira, 9 de junho de 2008

FAUNA E FLORA






ABETARDA Otis tarda:

Uma espécie ameaçada em todo o mundo; sofreu um forte declínio desde o século 18 devido à agricultura extensiva no meio em que ocorre, e pela crescente pressão humana.

A Abetarda-comum Otis tarda é uma ave da ordem dos gruiformes, da dimensão de um perú, mas mais pernalta. Os machos são bastante maiores do que as fêmeas.
Aa abetardas são aves de médio a grande porte, desde os 50 cm de comprimento da abetarda-de-asa-preta aos 120 cm da abetarda-gigante.
O bico é rectilíneo e de comprimento médio, sendo ligeiramente achatado na base. As pernas são altas e terminam em patas com três dedos. A cauda é curta e as asas são compridas e largas, terminando em penas de voo primárias bem destacadas, que dão a impressão de dedos.
Os sexos são habitualmente diferentes. A plumagem varia de acordo com a espécie entre tons de castanho, cinzento, preto, branco e combinações.
As abetardas são aves de modo de vida solitário, em casais ou pequenos grupos familiares. São omnívoras e alimentam-se sobretudo de invertebrados, sementes e cápsulas.
A maioria do tempo é passado andando lentamente no solo, mas assustam-se com facilidade e fogem em vôos curtos.
A grande parte de espécies de abetarda tem rituais de acasalamento muito elaborados.
Durante a época de reprodução organizam-se em casais monogâmicos ou haréns poligínicos. A nidificação é feita ao nível do solo e o ninho, se existente, é muito simples.


SISÃO: SISÃO - Tetrax tetrax
Uma ave de médio porte, incluída ecologicamente nas denominadas aves estepárias. Estas aves possuem uma plumagem críptica, que lhes permite passarem despercebidas no meio da erva, nidificam no solo e os pintos nascem já com penas e com capacidade de seguir os progenitores. São gregários a maior parte do ano, ocorrendo em bandos desde uma dezena de aves até algumas centenas. Durante o acasalamento os machos adquirem uma plumagem negra e branca, invulgarmente contrastante, que usam para se exibir em arenas, atraindo fêmeas e expulsando machos rivais.


Onde vive?Vive em meios agrícolas abertos, sem arbustos e com árvores escassas ou ausentes. Mosaicos de cereal de sequeiro, leguminosas, restolhos, pastagens e pousios.


Onde observar o Sisão?É mais abundade na planície alentejana, onde pode ser observado um pouco por todas as zonas desarborizadas. O Sisão é particularmente abundante nas seguintes IBA’s: Castro Verde, Mourão/Moura/Barrancos, Cuba, Vila Fernando/Veiros, Planície de Évora, Reguengos de Monsaraz e Rio Guadiana.
O que come?Os adultos são principalmente herbívoros, consumindo folhas tenras, rebentos, flores e também algumas sementes. Os pintos alimentam-se numa primeira fase de insectos e outros invertebrados do solo, e com o crescimento passam gradualmente para uma alimentação vegetal.
Quando podem ser observados?Durante todo o ano. Na primavera encontram-se dispersos por vastas áreas. Foram do período de reprodução agrupam-se em certos locais tradicionais.
Ameaças?As principais ameaças para o Sisão estão relacionadas com a alteração do uso do solo. A intensificação agrícola é particularmente grave, devido à substituição em larga escala dos mosaicos extensivos por regadio e culturas permanentes. Também o abandono dos campos, traduzido na florestação de terras agrícolas, faz desaparecer o habitat desta espécie. Se não for invertida a tendência actual de florestação e intensificação do uso do solo no Alentejo, a curto ou médio prazo o Sisão será levado para a extinção.
Estatuto de conservação?O Sisão sofreu um declínio acentuado desde o século XIX, tendo-se extinguido em muitos países da Europa. A sua distribuição mundial divide-se actualmente em duas áreas distintas. A Leste parece ser ainda abundante na Rússia e no Cazaquistão. A Oeste, dentro da União Europeia, as maiores populações encontram-se em Espanha e em Portugal, existindo ainda populações relíquia em França e Itália. Em Portugal é classificado como espécie Vulnerável.


LINCE, Lynx Pardinus :Lince Ibérico
Felino predador em vias de extinção
Felídeo em perigo de extinção, o Lince Ibérico ou Lynx Pardinus povoou cinco regiões portuguesas: Algarve, Serra da Malcata, Serra de S. Mamede, Vale do Guadiana e Vale do Sado. A faixa sul de Portugal foi a zona de maior ocorrência desta população, ocupando uma área de cerca de 650 quilómetros quadrados entre as serras de Monchique, Caldeirão e Espinhaço de Cão. Actualmente, julga-se que este animal se encontre já extinto no nosso país encontrando-se apenas em Espanha. Também conhecido como gato-cravo e gato-liberne, o Lynx Pardinus procura abrigo e protecção nos bosques mediterrânicos e nos densos matagais, mas prefere as áreas mais abertas para caçar. A presa de eleição é o coelho bravo, que pode constituir 70 a 90 por cento da sua alimentação, mas consome ocasionalmente pequenos roedores, lebres, cervídeos e algumas aves. O Lince Ibérico pode ter um metro de comprimento, 50 centímetros de altura e pesar mais de 10 quilos, mas a sua distinção assenta em características muito particulares, como a pelagem castanha-amarelada com manchas pretas, a cauda curta com a ponta preta, as orelhas com pêlos na extremidade, em forma de pincel, e grandes patilhas brancas e pretas.Em Portugal, a regressão da espécie começou nas décadas de 30 e 40, quando a campanha do trigo reduziu o seu habitat, mas agravou-se nos anos 50, com a diminuição das populações de coelho bravo, as florestações de pinheiros e eucaliptos e os incêndios de Verão. Ameaças que juntamente com a mortalidade causada pelo Homem, culminaram com a sua extinção em Portugal.Importante em termos estéticos, culturais e no equilíbrio do ecossistema mediterrânico, o Lynx Pardinus é hoje o felídeo mais ameaçado do mundo. Assim, apesar das normas nacionais e europeias que protegem a espécie e o seu habitat, é dever de todos minimizar os factores de perigo que continuam a colocar o lince à beira da extinção.





BRASÕES


MARTINS:



HISTÓRIA:Tratando-se do patronímico de Martinho ou Martim, existirá uma imensidade de famílias que o terão adoptado como apelido sem se encontrarem ligadas por laços de consanguinidade. A um Diogo Martins fez o Rei D. Sebastião ou a Regente em seu nome a mercê de carta de armas novas, de 18 de Maio de 1560, acrescentando-o cavaleiro-fidalgo da Casa de El-Rei.
ARMAS: Escudo cortado, com o primeiro de negro, duas contrabandas de ouro, e o segundo de ouro, três flores-de-lis de púrpura postas em pala. Timbre: uma das flores-de-lis do escudo.
· Outros Martins, quiçá descendentes do mesmo Diogo, alteraram estas armas para: escudo cortado, sendo o primeiro de negro, duas palas de ouro, e o segundo de ouro, três flores-de-lis de vermelho, postas uma e duas ou duas e uma. Timbre: uma flor-de-lis do escudo.
· A Estêvão Martins, cónego e mestre-escola do Cabido da Sé de Lisboa, primeiro provedor do Hospital Real de Todos os Santos e conde palatino, concedeu o Imperador Maximiliano II as seguintes armas: escudo partido, sendo o primeiro de ouro, meia águia de negro, coroada de ouro, movente da partição, e o segundo de vermelho, uma almarraxa de prata, gotada de azul. Timbre: a almarraxa do escudo.